Cerca de 46 milhões de máscaras foram vendidas em Macau em pouco mais de dois meses e meio, disseram hoje as autoridades do território na conferência de imprensa diária de acompanhamento do surto da covid-19.
A venda racionada das máscaras começou em 24 de janeiro, uma das primeiras medidas do Governo de Macau, justificada pela falta de oferta no mercado mundial.
A cada dez dias, cada pessoa pode adquirir dez máscaras em cerca de meia centena de farmácias convencionadas no território.
Na mesma conferência de imprensa, as autoridades informaram que vai ser acionado hoje um ‘corredor’ excecional para permitir o regresso de residentes que ficaram retidos em Hong Kong, onde estiveram a receber tratamento médico.
No total, Macau recebeu 19 pedidos de ajuda, com as autoridades a assegurarem para já o regresso de seis residentes, num momento em que o reforço das restrições fronteiriças levou à suspensão de todos os transportes públicos entre as duas regiões administrativas especiais chinesas.
Macau registou 45 infetados desde o início do surto do novo coronavírus.
Depois de o território ter estado 40 dias sem identificar qualquer infeção, a partir de meados de março foram identificados 35 novos casos, todos importados, um deles em estado grave.
Em fevereiro, Macau registou uma primeira vaga de 10 casos da covid-19, já todos com alta hospitalar.
Após a deteção de novos casos, as autoridades reforçaram as medidas de controlo e restrições fronteiriças. Uma delas é a quarentena obrigatória de 14 dias à entrada no território.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19 que começou em dezembro na China, já causou mais de 100 mil mortes e infetou mais de 1,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.