SAÚDE QUE SE VÊ

Covid-19: Quercus de Castelo Branco desafia comunidade em isolamento a observar avifauna

LUSA
10-04-2020 17:48h

A Quercus de Castelo Branco lançou hoje um desafio à comunidade local para observar a avifauna, no período de isolamento, e fazer chegar os desenhos ou fotografias à associação ambientalista.

"Esta atividade tem como principal objetivo encorajar os participantes ao ‘birdwatching’ e promover a biodiversidade não só das nossas áreas rurais, como também das cidades, sensibilizando para a conservação da natureza", explica, em comunicado enviado à agência Lusa, a associação ambientalista.

Este desafio resulta da parceria entre a Quercus de Castelo Branco e os projetos "Nós com os Outros" e "e7g" da Amato Lusitano-Associação de Desenvolvimento, no âmbito dos quais os ambientalistas têm desenvolvido atividades.

"Ficar em casa não nos impede de observar a vida selvagem que coabita connosco na nossa cidade, onde podemos avistar cegonhas, aves de rapina, abutres e diversos passeriformes", lê-se na nota.

Os ambientalistas propõem aos participantes que identifiquem as espécies que podem observar a partir do local onde se encontram e que façam chegar as suas fotos e desenhos, através de mensagem no Facebook e Instagram ( “Nós com os Outros” e “7g”) ou ainda para o e-mail nco.e7g@gmail.com.

"As aves selvagens fazem parte do nosso dia-a-dia, quer tenhamos consciência disso, quer não. Agora, com milhares de pessoas em casa, essas aves podem ser uma oportunidade de aprendizagem e de ajuda a passar estes tempos difíceis", sublinham.

A Quercus refere que em Portugal existem mais de 400 destas espécies, e muitas vivem ou procuram alimento nas cidades e na proximidade de zonas urbanas.

Para que a observação de aves tenha sucesso, deixa alguns conselhos aos participantes: "Pode colocar migalhas de pão ou sementes na varanda, parapeito da janela, jardim ou terraço para chamar atenção algumas destas aves. Tem de estar bem atento para não assustar os animais. Se tiver à mão binóculos ou outro material ótico pode ajudar na observação e ver melhor alguns detalhes na plumagem destas aves".

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 96 mil mortos e infetou quase 1,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 435 mortos, mais 29 do que na véspera (+6,4%), e 15.472 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 1.516 em relação a quarta-feira (+10,9%).

 

Dos infetados, 1.179 estão internados, 226 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 233 doentes que já recuperaram.

MAIS NOTÍCIAS