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Covid-19: Cada município angolano vai ter um médico cubano no combate à pandemia - comissão

LUSA
10-04-2020 15:32h

Cada um dos 164 municípios angolanos deve contar com pelo menos um médico cubano, do grupo dos mais de 250 que desembarcaram hoje em Luanda, para o controlo e combate à covid-19, anunciou hoje a comissão de controlo da doença.

Segundo o coordenador da Comissão Intersetorial de Controlo da Pandemia da Covid-19 em Angola, Pedro Sebastião, os médicos cubanos recém-chegados estarão presentes em todos os municípios de Angola para "garantia da segurança das populações".

"Isso [a covid-19] toca com aspetos ligados à defesa nacional e Angola, já com experiências nessas áreas, não podia deixar passar a oportunidade para vincar isso em prol da segurança das suas populações", afirmou, em declarações aos jornalistas.

O também ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente angolano, que falava no aeroporto internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, reiterou apelos para o cumprimento das medidas de proteção ante ao novo coronavírus.

Os 264 médicos cubanos que chegaram a Angola cumprem a partir de hoje um período de quarentena.

Angola, que cumpre hoje o último dia do primeiro período do estado de emergência para conter a propagação do novo coronavírus, conta com 19 casos confirmados de pessoas infetadas, entre os quais 15 ativos, dois óbitos e dois recuperados.

A partir de sábado, 11 de abril, o país cumpre mais 15 dias de estado de emergência, prorrogado na quinta-feira pelo Presidente angolano, João Lourenço.

Para Pedro Sebastião, apesar de relatos de desobediência ao estado de emergência, que limita a circulação e permanência de pessoas na rua, o momento "é também de experiência por se tratar de uma nova realidade para o país".

"É a primeira vez que acontece em Angola e isto tem servido para aprendizagem para as forças de defesa e segurança, e a população e muitas as pessoas não têm a perceção ainda da gravidade do assunto, que deverá ser constatada com o tempo", notou.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,6 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 96 mil.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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