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Covid-19: Rio considera fundamental solução europeia para financiamento aos países

09-04-2020 23:07h

O presidente do PSD, Rui Rio, considerou hoje fundamental que a Europa tenha soluções “para se financiar como um todo”, em particular os países com mais dificuldades, devido à pandemia, sob pena de se agravarem ainda mais as desigualdades.

O acordo ao qual chegou hoje o Eurogrupo sobre pacote de resposta “sem precedentes” à crise da covid-19 foi hoje conhecido durante a entrevista que Rui Rio dava à SIC esta noite.

Questionado sobre este acordo e numa primeira reação, o líder do PSD defendeu que “aquilo que é preciso é que haja neste momento financiamento às economias da União Europeia”.

“Se não houver por via da União Europeia, um país como Portugal, um país como a Itália, que têm níveis de dívida pública absolutamente brutais, se são largados no mercado, as taxas de juro sobem de uma forma brutal”, advertiu.

Assim, para Rio “é fundamental que a Europa tenha soluções financeiras para se financiar como um todo e em particular aqueles que naturalmente têm mais dificuldade”.

O líder do PSD insistiu que “é fundamental que a solução seja europeia, sob pena de se agravarem ainda mais todas estas desigualdades entre países que já hoje existem”.

“E aí, devo dizer, no caso português, que tem uma dívida pública alta, isso leva as taxas de juro para um patamar muito grande, se não for a Europa a segurar”, avisou, considerando que este “é um elemento nevrálgico”.

Sobre os “coronabonds”, de acordo com o presidente do PSD, “o que está subjacente é uma coisa diferente” e que na sua perspetiva “não é muito necessário no momento presente para a responder à liquidez necessária”.

“Agora, a seguir, para a retoma, aí é que a coisa tem de ser mais estruturada”, apontou.

Os ministros das Finanças europeus chegaram hoje a acordo sobre um “pacote de dimensões sem precedentes” para fazer face à crise provocada pela pandemia da covid-19, anunciaram vários participantes na videoconferência conduzida desde Lisboa por Mário Centeno.

“A reunião terminou com os ministros a aplaudir”, anunciou o porta-voz de Centeno na rede social Twitter, enquanto o ministro francês, Bruno Le Maire, dá conta de “um excelente acordo” que garante “500 mil milhões de euros disponíveis imediatamente” e prevê “um fundo de relançamento” no futuro.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil. Dos casos de infeção, mais de 312 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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