A Federação Internacional de Ténis (ITF) vai colocar cerca de metade dos seus funcionários de licença e baixar os salários de dirigentes, para minimizar os efeitos financeiros da pandemia de covid-19, anunciou hoje o presidente do organismo.
Em declarações à agência de notícias AP, David Haggerty revelou que acordou baixar o próprio salário em 30% e reduzir o de outros dirigentes em 10% ou 20%, depois de o organismo ter "analisado todas as vertentes em que seria possível poupar a curto prazo e estar preparado para quando o ténis regressar".
Ainda numa ótica de proteção dos trabalhadores, "cerca de metade do staff da ITF vai ficar de licença", referiu Haggerty, acrescentando: "A situação que estamos a enfrentar representa um desafio importante para a nossa organização e para o nosso desporto. Vivemos um período sem precedentes e é difícil prever quando o ténis voltará."
O presidente da ITF informou ainda que a reserva financeira do organismo será disponibilizada para ajudar as federações de ténis nacionais a prepararem-se para retomar os torneios, quando estiverem garantidas as condições para que tal aconteça.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil. Dos casos de infeção, mais de 312 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 409 mortes e 13.956 casos de infeções confirmadas. Dos infetados, 1.173 estão internados, 241 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 205 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado no dia 02 de abril na Assembleia da República.