O senado dos EUA rejeitou hoje uma proposta de cerca de 250 mil milhões de euros para financiamento adicional destinado a pequenas e médias empresas afetadas pela crise provocada pela pandemia da covid-19.
A maioria republicana no senado apresentou uma proposta de adicionar mais cerca de 250 mil milhões de euros aos cerca de 350 mil milhões que já tinham sido aprovados num pacote de ajuda a pequenas e médias empresas, no âmbito do gigantesco plano de ajuda de dois biliões de dólares desenhado pelo Governo, para responder à crise económica provocada pela pandemia.
Para ser aprovada, a proposta precisava dos votos unânimes do senado, o que não aconteceu por reserva da minoria democrata, que considera o montante adicional insuficiente para assistir as milhares de empresas em dificuldades.
Na quarta-feira, ainda antes da votação, a bancada democrata fez uma contraproposta para o novo pacote de ajuda, que incluía cerca de mais de 500 mil milhões de euros, essencialmente destinada ao reforço de verbas para instituições financeiras comunitárias, que ajudam as famílias mais desfavorecidas e as minorias.
A proposta democrata incluída ainda cerca de 100 mil milhões de euros para equipamento médico que está em falta em muitos hospitais espalhados pelo país, para além de uma verba de cerca de 100 mil milhões de euros para os governos estaduais e locais gerirem a crise económica provocada pela pandemia.
Perante a reprovação da proposta republicana, hoje no senado, o congresso está num impasse, numa altura em que as ajudas financeiras começam a ser urgentes e indispensáveis, para evitar graves problemas sociais.
“Não devemos deixar os trabalhadores americanos reféns”, disse o líder da maioria republicana no senado, Mitch McConnell, desafiando os senadores democratas a aprovar a medida adicional.
“Todos sabemos que não há qualquer hipótese de a proposta (dos democratas) ser aprovada por unanimidade”, acrescentou McConnell, apelando a um entendimento entre os dois partidos para encontrar uma solução.
Também o Presidente dos EUA, Donald Trump, já anunciou que não assinará a lei com as condições impostas pelo Partido Democrata.
Nas últimas três semanas, cerca de 17 milhões de pessoas já pediram subsídio de desemprego e milhares de empresas ameaçam declarar falência.
Nos Estados Unidos há 432.000 casos confirmados e morreram cerca de 15.000 pessoas, desde o início da crise sanitária.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.
Dos casos de infeção, mais de 312 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.