Segundo revelou à Lusa a presidente da câmara municipal, o referido número de exames reparte-se em partes praticamente iguais por seniores e técnicos de cinco instituições locais de solidariedade social: o Centro Social de Chave, a Santa Casa da Misericórdia de Arouca, a Casa do Povo Santa Cruz de Alvarenga, o Centro Social de Canelas e Espiunca, e a Associação para a Integração de Crianças Inadaptadas de Arouca.

"Desde o primeiro momento, o município de Arouca procurou adotar as medidas necessárias para evitar a propagação da covid-19 no concelho, em estreita articulação com as instituições de saúde e demais agentes de proteção civil locais, entre os quais se destacam os bombeiros", afirma Margarida Belém.

Nesse contexto, a realização do rastreio é mais uma medida com que a câmara procura proteger a comunidade local, "em particular aqueles que são mais frágeis e se encontram mais expostos".

A autarca socialista nota, aliás, que os idosos e cidadãos com incapacidade mental constituem "um dos públicos com maior risco em termos de contágio - muito especialmente os que se encontram institucionalizados".

O trabalho de diagnóstico a realizar em Arouca é coordenado pelo Agrupamento de Centros de Saúde de Santa Maria da Feira e Arouca, com o apoio de recursos da autarquia e da corporação local de bombeiros.

Segundo Margarida Belém, ainda não há conhecimento de qualquer caso de covid-19 nas estruturas residenciais do município, mas entre os cerca de 22.400 habitantes desse território de 329 quilómetros quadrados, contabilizavam-se hoje ao final da tarde 23 infetados e um óbito.

O novo coronavírus responsável pela pandemia da covid-19 foi detetado na China em dezembro de 2019 e já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais mais de 89.000 morreram. Ainda nesse universo de doentes, mais de 312.000 recuperaram.

Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, o balanço diário da Direção-Geral da Saúde indicava hoje 409 mortes e 13.956 infeções confirmadas. Desse universo de doentes, 1.173 estão internados em hospitais, 205 recuperaram e os restantes convalescem em casa ou noutras instituições.

A 17 de março, o Governo declarou o estado de calamidade pública no concelho de Ovar, que a partir do dia seguinte ficou sujeito a cerco sanitário com controlo de fronteiras e suspensão de toda a atividade empresarial não afeta a bens de primeira-necessidade. A medida foi entretanto prolongada até 17 de abril.

Nesse território de 148 quilómetros quadrados e cerca de 55.400 habitantes, a Câmara Municipal dizia hoje ao início da tarde ter já registados 18 óbitos e 497 infetados por covid-19.

Todo o país está desde as 00:00 de 19 de março em estado de emergência, o que também vigora até às 23:59 do dia 17. Nesse contexto, toda a população está proibida de circular fora do seu concelho de residência entre hoje e o final da próxima segunda-feira, no que o objetivo do Governo é desincentivar viagens no período da Páscoa.