O equipamento foi "homologado" pelas autoridades de saúde pública e é supervisionado pelo Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) Maia/Valongo, garante a Câmara da Maia, no distrito do Porto, em comunicado.

O Centro de Acolhimento "Covid Negativo" funciona a partir de hoje na escola EB 2,3 de Gueifães e destina-se a acolher temporariamente utentes idosos sem retaguarda familiar ou institucional que não sofram de doença infetocontagiosa.

"A admissão de utentes residentes no concelho depende obrigatoriamente da sinalização por parte das equipas clínicas e sociais dos centros hospitalares e estruturas residenciais para idosos", descreve a nota da autarquia liderada por António Silva Tiago.

A Câmara da Maia especifica que a direção clínica do espaço está a cargo do presidente do Conselho Clínico do ACeS Maia/Valongo, Gustavo Ferreira, enquanto a direção técnica está a cargo da diretora técnica do Centro de Dia de S. Pedro Fins, Raquel Freitas, sendo que à presidente da Liga dos Amigos do ACeS da Maia, a enfermeira Fernanda Sousa, cabe a assessoria de direção.

"Estes profissionais de saúde estão à frente de uma equipa multidisciplinar que integra médicos e enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos, assistentes sociais, psicólogos, auxiliares de geriatria, auxiliares de serviços gerais e limpeza e Proteção Civil", enumera a autarquia, acrescentando que "com exceção do corpo clínico, colocado pela Cruz Vermelha Portuguesa, os restantes elementos da equipa multidisciplinar provêm da Bolsa de Reforço Solidário constituída para o efeito" sob tutela da autarquia.

Este centro foi criado no âmbito do Plano Municipal de Emergência da Proteção Civil da Maia acionado devido à pandemia da covid-19.

De acordo com o relatório divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS) o concelho da Maia regista 512 casos de infeção.

A autarquia disponibiliza o contacto zcapmaia@gmail.com para dúvidas e pedidos de admissão.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.

Dos casos de infeção, mais de 312 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela DGS, registaram-se 409 mortes, mais 29 do que na véspera (+7,6%), e 13.956 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 815 em relação a quarta-feira (+6,2%).

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado no dia 02 de abril na Assembleia da República.