A decisão foi tomada no âmbito de um requerimento apresentado pelos três migrantes - dois menores não acompanhados e um homem de 80 anos -, que alegaram existirem más condições sanitárias nos superlotados campos de refugiados da Grécia e enfatizaram o risco de serem infetados pelo novo coronavírus.

O tribunal pan-europeu pediu às autoridades gregas “que transfiram os requerentes ou, pelo menos, lhes garantam acomodações compatíveis” com a Convenção Europeia de Direitos Humanos, que proíbe qualquer “tratamento desumano ou degradante”.

O tribunal de Estrasburgo pediu também que a Grécia preste cuidados e assistência consistentes com o estado de saúde dos três migrantes, que estão alojados num campo da ilha de Samos.

Atualmente, segundo as autoridades gregas, vivem cerca de 100 mil requerentes de asilo na Grécia, incluindo 70 mil em 38 campos de acolhimento.

Dois desses campos, localizados na Grécia continental, foram colocados em quarentena na semana passada após o aparecimento de 28 casos da covid-19.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.

Dos casos de infeção, mais de 312 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 787 mil infetados e mais de 62 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 17.669 óbitos em 139.422 casos confirmados até quarta-feira.