Universidade de Évora (UÉ) disponibilizou uma das suas residências, com um total de 21 camas, para acolher os profissionais que estão "na linha da frente” do combate à pandemia de covid-19, revelou hoje a academia.
A residência universitária situa-se a “cerca de 150 metros” do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), no centro histórico da cidade.
“A residência Portas de Moura está preparada para receber profissionais de saúde, agentes das forças de segurança e da proteção civil”, destacou a UÉ, frisando que são estes que estão “na linha da frente no combate à pandemia” de covid-19.
A vice-reitora da universidade alentejana que tutela a área da Ação Social, Ausenda de Cáceres Balbino, sublinhou que, além de outras medidas, a instituição decidiu ceder uma das suas residências para este fim por saber “que muitos dos profissionais não regressam às suas casas para proteger as suas famílias e conter a contaminação".
“Esta residência oferece a estes profissionais o conforto necessário para minimizar o impacto de estar longe de casa”, frisou a vice-reitora.
A residência dispõe de 21 camas, cozinha equipada, sala de estudo e sala de estar, TV e acesso a Internet sem fios.
A Universidade de Évora tem vindo a anunciar diversas medidas relacionadas com o surto provocado pelo novo coronavírus ((SARS-CoV-2).
Além da disponibilização da residência universitária, também esta semana, a UÉ anunciou que vai realizar testes à doença provocada pelo novo coronavírus, a covid-19, com vista a contribuir para o aumento da capacidade de resposta do sistema nacional de saúde.
Segundo a UÉ, a realização dos testes deve começar na próxima semana. Estima-se a realização de até 300 testes por dia para apoiar, por um lado, o HESE e, por outro, instituições de apoio a idosos da região.
Nesta operação, segundo a academia, vão estar envolvidas várias unidades de investigação da UÉ, como é o caso da Escola de Enfermagem São João de Deus, que irá efetuar a recolha das amostras.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 87 mil.
Em Portugal, segundo o balanço feito na quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS), registaram-se 380 mortes, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).
No Alentejo, segundo a DGS, há 93 casos de infeção confirmados e ainda não se registou qualquer morte por covid-19.