O Brasil registou hoje um novo recorde diário com 133 mortes e 2.210 infetados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando agora 800 óbitos, informou hoje o Ministério da Saúde brasileiro.
Além das 800 vítimas mortais, o Brasil tem agora 15.927 casos confirmados de infeção pela covid-19.
Em relação a terça-feira, quando o país sul-americano registou 114 óbitos, deu-se um aumento diário de 20%. Quanto aos infetados, a subida foi hoje de 16% relativamente ao dia anterior, quando se registaram 1.661 novos infetados.
Segundo a tutela da Saúde, o Brasil ocupa agora a 12.ª posição nos países com maior número de óbitos, é o 14.º com mais casos confirmados e está em 8.º lugar em taxa de letalidade.
A taxa de letalidade da covid-19 no país está agora fixada em 5%.
Segundo o Governo brasileiro, o número de vítimas mortais aumentou devido às confirmações das causas de óbito que aguardavam resultado há vários dias.
Tocantins, localizado na região norte do país, continua a ser o único estado sem registo de vítimas mortais até ao momento. As restantes 26 das 27 unidades possuem óbitos associados à infeção por covid-19.
São Paulo é o estado brasileiro com maior número de casos confirmados, registando 428 mortos e 6.708 pacientes infetados.
Em relação à incidência de casos por cada 100 mil habitantes, registou-se uma alteração nas últimas 24 horas, com o Amazonas a ultrapassar o Distrito Federal e a tornar-se no estado mais afetado neste indicador.
O Amazonas tem agora 19,1 casos por cada 100 mil habitantes, seguindo-se o Distrito Federal com 16,7 e São Paulo, cuja incidência está fixada 14,5. Já a média nacional do Brasil subiu hoje para 7,5 casos por cada 100 mil habitantes, segundo o Governo.
O ministro da Saúde brasileiro, Luiz Henrique Mandetta, afirmou hoje estar muito inquieto com a situação no Amazonas, acrescentando que foi registado o primeiro caso do novo coronavírus na etnia indígena Yanomami, o que o deixou "muito preocupado".
"Somos sabedores do histórico de maus resultados quando indígenas são afetados por vírus de fora do seu ecossistema”, frisou o governante em conferência de imprensa.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 86 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 280 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 772 mil infetados e mais de 61 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 17.669 óbitos em 139.422 casos confirmados até hoje.