O Ministério da Saúde da Somália anunciou hoje a primeira morte provocada pela pandemia da covid-19, adiantando que se tratava de um paciente com 52 anos, existindo neste momento 12 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus.
"Foi hoje registada a primeira morte, devido à covid-19, a de um homem de 52 anos", afirmou o ministério, acrescentando que foram detetados quatro novos casos confirmados no país de infeção pelo novo coronavírus em pessoas "que não viajaram para o estrangeiro".
De acordo com a informação governamental, confirma-se que “a propagação da doença já começou na comunidade" deste país do Corno de África.
A Somália, que desde 1991 viveu confrontos étnicos, fome, secas e inundações, tem sido também alvo de ataques de grupos radicais islâmicos.
As suas estruturas sanitárias são muito débeis, disse na terça-feira o Fundo para a População da Organização das Nações Unidas, apelando a uma "ação rápida dos parceiros da Somália" para ajudarem o país a combater a epidemia da covid-19.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 260 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 750 mil infetados e mais de 58 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 17.669 óbitos em 139.422 casos confirmados até quarta-feira.
O número de mortes provocadas pela covid-19 em África ultrapassou as 500, com mais de 10.500 casos de infeção registados em 52 países, de acordo com a mais recente atualização dos dados da pandemia no continente.