Em Portugal foram já “distribuídos 144 ventiladores” novos, e a região Norte recebeu 115, entre doações, aquisições e o empréstimo de 60, revelou hoje o Presidente da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a covid-19.
Na conferência de imprensa diária de balanço sobre a pandemia, João Gouveia esclareceu que “já foram distribuídos 144 ventiladores” e que, “por vontade expressa dos doadores”, 19 destinaram-se a hospitais do Norte e 78 à Área Metropolitana de Lisboa.
Os outros foram “entregues de acordo com os critérios estabelecidos pela 'task force'”, que são a “efetividade, segurança e urgência” e 76% deles destinaram-se à Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, “devido ao esforço” a que os hospitais daquela área estão sujeitos.
“Além destes ventiladores, por empréstimo foi ainda possível dotar hospitais da ARS do Norte com cerca de 60 aparelhos, o que corresponde a 43% dos aparelhos que podíamos atribuir ao país”, notou João Gouveia.
“Estamos a tentar dotar o país dos equipamentos necessários, onde são mais necessários, de maneira a ter a melhor resposta possível”, acrescentou.
O presidente da comissão observou que “não há medicina intensiva sem equipamento nem sem recursos humanos”, reconhecendo que o país tem “carência crónica de ventiladores e camas de nível 3”.
“Isso tem estado a ser combatido”, frisou, na conferência de imprensa de acompanhamento diário da pandemia em Portugal.
Segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se em Portugal 380 mortes provocadas pela covid-19, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos confirmados de infeção, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).
Dos infetados, 1.211 estão internados, 245 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 196 doentes que já recuperaram.
Dados da DGS, que se referem a 78% dos casos confirmados, precisam que Lisboa é o concelho que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus SARSCov2 (773), seguida do Porto (750 casos), Vila Nova de Gaia (576), Gondomar (556), Maia (485), Matosinhos (425), Braga (423), Valongo (397), Sintra (310) e Ovar (273).
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.