A Câmara de Mira anunciou hoje que instalou camas no pavilhão municipal para receber utentes de lares e IPSS do concelho, e disponibilizou ainda os bungalows do parque de campismo para profissionais de saúde.
No âmbito do plano de contingência do município para a covid-19, a autarquia liderada por Raul Almeida chegou também a acordo com a Casa da Sagrada Família, na Praia de Mira, para utilização das instalações em regime de isolamento e acompanhamento clínico de doentes infetados.
"O município higienizou e instalou cem camas no pavilhão municipal com a finalidade de receberem, temporariamente, pessoas não contaminadas com covid-19 provenientes de lares e IPSS do concelho", confirmou o autarca à agência Lusa.
Raul Almeida disse ainda que os "bungalows da praia estão disponíveis para profissionais de saúde que necessitem de ficar em isolamento", acrescentando que o município passa assim a dispor de 200 camas de retaguarda.
"Com esta iniciativa, ficam criados recursos importantes, prontos a utilizar, que podem ser muito importantes numa altura em que o país atravessa estado de emergência, podendo esta necessidade surgir a qualquer momento", conclui o autarca.
Segundo dados oficiais, até agora existe apenas um caso confirmado por infeção com covid-19 no concelho de Mira.
A autarquia criou um grupo de trabalho para acompanhar em permanência a evolução da situação, que está em contacto permanente com a Autoridade de Saúde, GNR, Proteção Civil, Bombeiros, Juntas de Freguesia, Agrupamento de Escolas, IPSS e demais entidades parceiras.
Lançou ainda uma campanha de desinfeção de lugares públicos, como multibancos, farmácias ou correios, limitou o acesso às praias para evitar aglomerações e criou uma plataforma digital designada como Mercado Local (http:\\mercadolocal.mira.pt), que agrupa espaços comerciais e de serviços que continuam a funcionar durante o estado de emergência, iniciativa da câmara municipal.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 80 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 260 mil são considerados curados.
Em Portugal, segundo um balanço feito na terça-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes e 12.442 casos de infeções confirmadas.
Dos infetados, 1.180 estão internados, 271 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 184 doentes que já recuperaram.