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Covid-19: Ambulância usada para transportar droga nas Honduras

LUSA
07-04-2020 23:19h

Dois funcionários de um hospital público, membros de um gangue criminoso, foram detidos hoje, nas Honduras, por terem transportado um carregamento de marijuana numa ambulância, escapando às restrições de circulação impostas com a pandemia de covid-19.

Os dois homens, funcionários no hospital-escola de Tegucigalpa, a capital hondurenha, foram interpelados quando transportavam 300 pacotes de marijuana, anunciaram as autoridades locais, sem precisarem a carga exata.

Os homens estavam assinalados pelas forças de segurança como membros do gangue “Barrio 18” e “utilizavam ambulâncias para transportar armas, droga e cometer outros atos criminosos", disse à agência AFP o porta-voz da força nacional anti-extorsão, Mario Fu.

Com a ambulância os dois homens conseguiram circular na capital, apesar do recolher obrigatório imposto no país para conter a propagação da pandemia do novo coronavírus, que já matou 22 pessoas e infetou 307 no país de nove milhões de habitantes.

Os dois homens chegaram mesmo a acionar a sirene para evitar os controlos da polícia.

A atividade criminosa dos gangues – que se dedicam a extorsão, assassinatos encomendados e tráfico de droga – fazem das Honduras um dos países mais violentos do mundo, com uma taxa de mais de 40 homicídios por 100 mil habitantes (a taxa média, no mundo, é de 6,1), segundo dados do observatório da violência local.

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