A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse sexta-feira que o surto de Ébola na República Democrática do Congo (RDCongo) continua a merecer ser classificado como uma emergência global, apesar dos casos confirmados terem diminuído nas últimas semanas.
A agência para a saúde das Nações Unidas declarou pela primeira vez o surto de Ébola, o segundo mais mortal da história, como uma emergência internacional em julho e hoje convocou um comité de especialistas para analisar a situação atual.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a situação continua a ser “complexa e perigosa”, e que as autoridades devem continuar a tratar todos os casos como se fossem o primeiro.
“Cada caso tem potencial para desencadear um novo e maior surto”, salientou.
Até ao momento foram confirmados 3.113 casos e mais de 2.150 pessoas morreram desde o início do surto na RDCongo.
Apesar de na última semana apenas 15 casos terem sido confirmados, a OMS salientou que a sua maioria ocorreu em pessoas que não estavam identificadas com tendo estado em contacto com infetados.
Michael Ryan, que lidera a resposta ao Ébola da OMS, explicou que alguns dos casos mais recentes foram detetados numa área remota onde é difícil para as autoridades de saúde chegarem.
Em junho, o vírus invadiu o Uganda quando uma família congolesa, incluindo algumas já infetadas, entrou no país. Dois acabaram por morrer de Ébola e os outros foram enviados de volta ao RDCongo para tratamento. Atualmente, o surto está contido na RDCongo.