O Governo angolano vai contar com especialistas estrangeiros, entre os quais portugueses, para dar formação no novo hospital do Cuíto, que será inaugurado no próximo ano, anunciou sexta-feira a ministra da Saúde de Angola.
Sílvia Lutucuta, que falava após uma visita às obras do novo equipamento, visitado pelo Presidente da República, João Lourenço, o Governo está já a trabalhar para constituir a equipa médica da unidade que será inaugurada no primeiro semestre de 2020 e que terá também a componente de formação.
A ministra da Saúde explicou que, além do recurso aos especialistas nacionais, o Governo conta com a cooperação estrangeira, porque a unidade vai ser também um hospital-escola, dando formação especializada a médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico.
A governante deu como exemplos de cooperação a parceria com a China, através da qual vários médicos chineses trabalham no hospital de Luanda, mas apontou também os acordos com Portugal.
“Também estamos a trabalhar nesse sentido com Portugal, na formação principalmente”, adiantou Sílvia Lutucuta, acrescentando: “Trabalhamos e continuamos a trabalhar com o governo português no sentido de termos quadros para virem cá dar formação aos nossos profissionais, formação de curta duração, de longa duração, formação especializada”.
Além de Portugal, a ministra frisou que Angola tem acordos em vigor com outros países como a Rússia e Cuba, que pretende aproveitar para fazer face a um plano de formação “ambicioso” a nível nacional, em que o novo hospital do Cuíto será uma das unidades de referência.
“É com este capital humano que estamos a contar, além dos médicos que virão do atual hospital central que está bastante degradado” e dará lugar, depois de obras de reabilitação, a um centro maternoinfantil.
A ministra, que considerou a infraestrutura importante “não só para a província do Bié, mas também para a região”, afirmou que o hospital vai ter várias especialidades e valências médicas, da psiquiatria às áreas técnicas de laboratório e imagiologia, bem como hemodiálise, bloco de urgência com grandes e pequenas cirurgias e bloco de partos.
O hospital, orçado em 48 milhões de dólares, tem uma capacidade de internamento de 250 camas.