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Ministra da Saúde diz que opção no SNS é entre interesse público e corporações

LUSA
18-10-2019 17:20h

A ministra da Saúde, Marta Temido, disse quinta-feira, em Coimbra, que é necessário optar entre a defesa dos interesses de algumas corporações e o interesse público e o interesse dos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Queremos continuar a delimitar territórios, profissionais designadamente, ou queremos acordar que os territórios se misturam, são permeáveis e mais fluidos do que foram no passado?”, questionou Marta Temido, que falava, hoje, na sessão comemorativa do Dia da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC).

“Queremos defender os interesses corporativos de algumas corporações ou queremos defender o interesse público e o interesse dos utentes [do SNS]?”, sublinhou a ministra, depois de ter apelado para “um esforço coletivo” e a “pensarmos, de facto, o que queremos para o futuro”.

A escolha é entre “resignarmo-nos à ineficiência” ou “lutarmos por um SNS e por serviços públicos cada vez mais eficientes e de qualidade”, sustentou Marta Temido.

Importa saber “o que estamos dispostos a fazer”, pelo que estamos dispostos a lutar”, afirmou ainda a governante, defendendo que estas questões “têm que ter também respostas de cada um de nós”, particularmente dos jovens, nomeadamente dos presentes na sessão (essencialmente estudantes da Faculdade de Farmácia de Coimbra).

“Da parte da ação governativa existe uma visão clara”, acrescentou, assegurando que o executivo quer “um SNS eficiente, proativo, com profissionais motivados, que trabalhem em equipa, que coloquem as pessoas no centro da sua atividade profissional, que se identifiquem com o serviço público, que se sintam orgulhosos e que decidam com base na melhor evidência científica”.

O Governo vai “continuar a política de reforço dos recursos humanos, também na área farmacêutica, melhorando a eficiência da combinação de competências dos profissionais de saúde, incentivando a adoção de novos modelos de organização de trabalho, da responsabilidade de equipa e de pagamento e incentivos pelos resultados”, salientou Marta Temido, que vai prosseguir no Governo na próxima legislatura.

Só assim, concluiu, será possível “prestar mais e melhores cuidados [de saúde] aos portugueses e às portuguesas”.

Além de Marta Temido (oradora convidada e antiga assistente convidada da FFUC), intervieram na sessão o reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, o diretor da Faculdade, Francisco Veiga, e a presidente do Núcleo de Estudantes de Farmácia da UC, Francisca Gonçalves.

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