O Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSDT) afirmou quarta-feira que, mais importante do que quem ocupa o cargo de ministro da Saúde, é a política e o programa do Governo nesta área.
Num comentário à agência Lusa sobre a recondução de Marta Temido como ministra da Saúde, o presidente do sindicato, Luís Dupont, afirmou que “independentemente de quem ocupa os cargos, o que é importante é aquilo que vai ser a política e o novo programa do Governo na área da saúde”.
“Penso que são públicos e notórios os problemas que estão a existir de falta de recursos humanos, de falta de meios e de falta de investimento”, afirmou Luís Dupont.
Falando especificamente das suas áreas, o dirigente sindical disse que "preocupa muito a questão da falta de resposta do SNS em tempo útil nos meios complementares de diagnóstico e terapêutica”, porque “não há investimento do ponto de vista de equipamentos e de toda a renovação do parque tecnológico”.
Por outro lado, sublinhou, não há recursos humanos suficientes para a resposta que se pretende que seja dada pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Cada vez mais recorremos aos serviços privados para conseguirmos dar resposta. Para nós, isso é uma preocupação fundamental e gostaríamos que houvesse uma resposta em relação a isso”, defendeu Luís Dupont.
A questão da regularização das carreiras é outra bandeira do sindicato, com Luís Dupont a lembrar que “o Governo legislou de uma determinada maneira sem o acordo dos sindicatos”.
Segundo o presidente do STSDT, esta é uma matéria que vai estar em cima da mesa e será uma das suas principais reivindicações.
O sindicato exige “a alteração, o mais rapidamente possível, da injustiça que foi criada pela publicação de um diploma de transição e de tabela salarial para os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica”.
Luís Dupont disse esperar que haja por parte do Governo “uma política de abertura, de negociação com os parceiros sociais, de auscultação dos parceiros sociais” e que se consiga encontrar soluções” para estas questões.
Marta Temido mantém-se em funções no novo governo, depois de ter tomado posse há um ano em substituição de Adalberto Campos Fernandes.
O segundo executivo liderado por António Costa vai integrar 19 ministros, além do primeiro-ministro, o que o torna o maior, em ministérios, dos 21 Governos Constitucionais, e também o que tem mais mulheres ministras, num total de oito.
O Governo deve ser empossado pelo Presidente da República "na próxima semana", em "data a determinar", após a publicação do mapa oficial das eleições de 06 de outubro e da primeira reunião do parlamento.
O PS foi o partido mais votado nas eleições de 06 de outubro, com 36,65% dos votos e 106 deputados eleitos, seguindo o PSD, com 27,90% dos votos e 77 mandatos no parlamento, quando ainda falta apurar o resultado dos círculos da emigração.