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Profissionais do hospital de Gaia usam crachás com nome próprio para “eliminar barreiras”

LUSA
16-10-2019 14:47h

Os profissionais do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, no distrito do Porto, passaram a usar crachás com a mensagem “Olá, o meu nome é” para humanizar a sua relação com os colegas e doentes.

A campanha “Olá, o meu nome é”, implementada na segunda-feira, tem por objetivo “dar a conhecer” todos os profissionais que trabalham na unidade de saúde, independentemente das suas funções, com a colocação de um crachá nas suas roupas e com a divulgação, nas redes sociais do hospital, de fotografias e vídeos com a apresentação de cada um deles, explicou hoje à Lusa fonte da unidade hospitalar.

O que se pretende com esta iniciativa simples é humanizar as relações hospitalares, quer entre os profissionais, quer entre estes e os doentes e “derrubar barreiras”.

Ao apresentarem-se com o nome próprio e sem títulos ou categorias, os profissionais mostram o seu lado mais humano e, com isso, mudam comportamentos, referiu.

Segundo a fonte, os doentes sentem-se mais confortáveis com os médicos e, internamente, os profissionais melhoram o seu espírito de equipa e pertença, o que lhes permite criar laços mais fortes.

Esta ideia não é original, sendo inspirada numa campanha similar existente no Reino Unido, sublinhou.

A 04 de setembro foi assinado o compromisso de humanização entre quase todos os hospitais do país, em Vila Nova de Gaia, numa cerimónia que contou com a presença da ministra da Saúde, Marta Temido.

Na altura, a governante disse que os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tinham de definir, num prazo de três meses, um plano de ação para implementar projetos dedicados à humanização dos cuidados prestados.

“No prazo de três meses, repito, três meses, as instituições aderentes ao Compromisso para a Humanização Hospitalar terão de definir um plano de ação com medidas concretas que devem abranger a globalidade dos serviços e profissionais de saúde, assim como identificar os prazos para a sua implementação”, afirmou.

Este programa foi desenvolvido pelo Grupo de Trabalho para a Humanização Hospitalar, que foi criado pela Coordenação para a Reforma do Serviço Nacional Saúde (SNS) na Área dos Cuidados de Saúde Hospitalares, adiantou.

O objetivo é implementar projetos dedicados à humanização que se centrem nas pessoas - utentes, cuidadores e profissionais de saúde - e que garantam o bom relacionamento interpessoal e interprofissional e o respeito por valores humanos, acrescentou Marta Temido.

A implementação das medidas deverá ser feita em função da sua complexidade, estipulando-se um prazo de seis meses para medidas de baixo custo e fácil concretização, um ano para aquelas de complexidade intermédia e com custos que não requerem autorização ministerial, mas carecem de um tempo mais longo para serem concretizadas e entre dois a três anos para adaptações de espaços físicos para assegurar a privacidade dos doentes, para refeições ou para lazer.

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