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Covid-19: Parlamento moçambicano debate plano quinquenal em sala mais ampla

02-04-2020 08:08h

O parlamento moçambicano reúne-se hoje em sessão plenária, numa sala diferente, para começar a analisar o plano quinquenal do Governo (2020-2025), documento orientador da ação do executivo, empossado em janeiro.

Os deputados vão trocar o edifício da Assembleia da República pela sala multiusos do Centro de Conferências Joaquim Chissano, mais amplo, para garantir maior distanciamento no âmbito da prevenção da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

O plano quinquenal foi validado pelo Conselho de Ministros no início de março, ainda antes do impacto da pandemia de covid-19.

O documento prevê que a economia do país chegue a 2024 com uma taxa de crescimento médio 5,5%, mas 20 dias depois de analisado pelo Governo, o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane reviu em baixa a previsão de crescimento económico.

Em vez do crescimento de 4,8% previsto para este ano, as previsões oficiais apontam agora para 2,2% num cenário pessimista e 3,8% num cenário otimista.

Moçambique regista 10 casos oficiais de infeção pelo novo coronavírus e vive em estado de emergência até final do mês, proibindo todo o tipo de eventos, públicos ou privados e até religiosos. 

Em termos genéricos, o plano quinquenal segue as políticas anunciadas pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, durante a campanha eleitoral para as eleições gerais de 15 de outubro.

"Adotar uma economia mais diversificada, identificando os setores competitivos com potencial de elevar a geração de renda e criar de emprego para os jovens", disse Filimão Suaze, porta-voz do Conselho de Ministros.

A eliminação de focos de instabilidade e perturbação da paz está também entre as prioridades.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 905 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 46 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 176.500 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O número de mortes em África subiu para pelo menos 209 num universo de mais de 5.940 casos confirmados em 49 países, de acordo com as estatísticas sobre a doença no continente.

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