Mais de 1.400 presos beneficiaram de um indulto e vão ser libertados para minorar a sobrelotação dos estabelecimentos prisionais, anunciou a presidência tunisina, num momento em que o país luta contra a pandemia da covid-19.
“O Presidente Kais Saied decidiu decretar um indulto especial a favor de 1.420 presos, o que se traduz na libertação deles”, indica, em comunicado, a presidência da Tunísia.
A medida foi aplicada para aliviar a sobrelotação nas prisões e contribuir para a preservação da saúde de todos os tunisinos, acrescenta o comunicado.
Segundo o documento, Kais Saied deu instruções para reforçar a desinfeção dos estabelecimentos prisionais e apoiar as unidades de saúde.
Por sua vez, a polícia deteve 1.119 pessoas acusadas de terem violado o recolher obrigatório noturno, em vigor desde 17 de março, e 242 por não terem respeitado o confinamento geral, decretado em 22 de março e que está previsto até 04 de abril, indicou à AFP o ministro do Interior da Tunísia, Khaled Ayouni, sem precisar quantas pessoas tinham ficado na prisão.
De acordo com o governante, que não adiantou quantos destes detidos se encontram em estabelecimentos prisionais, foram instaurados vários processos judiciais.
Desde 02 de março, as autoridades sanitárias tunisinas registaram 312 pessoas infetadas com o novo coronavírus, das quais morreram 10.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 791 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 38 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 163 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.