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Covid-19: Ministra sul-africana critica abusos cometidos por soldados

LUSA
30-03-2020 21:10h

A ministra da Defesa sul-africana, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, condenou hoje os abusos cometidos sobre civis por soldados encarregados de fazer respeitar o confinamento para lutar contra a pandemia do novo coronavirus.

“Estão a circular dois vídeos que mostram claramente abusos” da parte dos soldados, afirmou a ministra em declarações à cadeia televisiva noticiosa Newzroom Afrika.

“Eu condeno. Não toleraremos que isto se repita”, disse, ordenando que os culpados sejam enviados para as respetivas bases.

Em vídeos colocados nos últimos nas redes sociais veem-se militares a agredirem uma pessoa a pontapé e a forçarem outras a avançarem agachadas. Nas imagens vê-se que existem polícias a observar as situações.

Desde sexta-feira, e durante três semanas, a população sul-africana só pode sair do seu domicílio para comprar comida.

Cerca de três mil militares foram destacados em todo o país para fazer respeitar o confinamento total.

A África do Sul regista duas mortes associadas ao vírus da covid-19 e o número de infeções da doença no país passou de 1.187 casos positivos no sábado para 1.280 no domingo, segundo dados divulgados pelo ministro da Saúde, Zweli Mkhize.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

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