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Tóquio2020: “Festa dos Jogos tem de ser no verão”, diz federação de remo

LUSA
30-03-2020 16:05h

O presidente da Federação Portuguesa de Remo (FPR) mostrou-se hoje de acordo com as novas datas definidas pelo Comité Olímpico Internacional (COI) para Tóquio2020, defendendo que “a festa dos Jogos Olímpicos tem de ser no verão”.

Apesar de “mais um ano de incertezas” para quem ainda não está apurado, Luís Ahrens Teixeira sublinhou, em declarações à agência Lusa, que a realização dos Jogos Olímpicos numa data semelhante à que estava prevista antes do adiamento, devido à pandemia de covid-19, é “o que faz sentido”.

“O fator menos positivo é para alguns atletas mais veteranos, com mais de 40 anos, que estão mesmo no limite das suas carreiras e terão de restruturar a sua preparação”, explicou o dirigente, que tem conhecimento de “alguns casos” a nível internacional.

A alteração de datas pode, portanto, ter influência nos resultados finais dos Jogos, ao “beneficiar os mais novos e prejudicar os mais velhos”, mas é a única solução possível, no entender do presidente da FPR.

“Não havia outra hipótese. O desporto passou completamente para segundo plano, não é uma prioridade da humanidade neste momento e todos temos de nos adaptar a isso”, concluiu Luís Ahrens Teixeira.

Os Jogos Olímpicos estavam marcados para decorrerem entre 24 de julho e 09 de agosto de 2020, mas foram adiados em um ano, para o período entre 23 de julho e 08 de agosto de 2021, devido à pandemia de covid-19.

Esta decisão inédita foi tomada "para salvaguardar a saúde dos atletas, de toda a gente envolvida nos Jogos Olímpicos e da comunidade internacional".

O anúncio das novas datas foi feito hoje por Yoshiro Mori, pouco depois de uma conversa telefónica com o presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, que está em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril, registaram-se 140 mortes e 6.408 casos de infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.

 

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