Preparados para situações de guerra química ou biológica, os militares do Laboratório de Defesa Biológica, da Unidade Militar Laboratorial de Defesa Biológica e Química do Exército entram na batalha contra o SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19 e nem a falta de reagentes prejudicou o arranque da missão de apoio ao SNS.
Os testes de despiste do novo coronavírus já começaram a ser processados, garante o Major Wilson Antunes, chefe do Laboratório de Defesa Biológica do Exército. O médico veterinário, investigador, especializado em microbiologia, explica ao Canal S+ como tudo começou e as principais dificuldades que enfrentaram.
A missão arrancou logo após a validação do primeiro teste pelo Laboratório de Referência Nacional Doutor Ricardo Jorge. Os testes, recomendados pela OMS, baseiam-se na técnica de PCR que deteta material genético do próprio vírus. PCR é a sigla inglesa para Polymerase Chain Reaction que significa Reação em Cadeia da Polimerase, uma técnica de amplificação de ácido desoxirribonucleico (DNA) que utiliza o material genético dos microorganismos e que têm maior complexidade do que os testes rápidos, que detetam anticorpos, isto é, substâncias produzidas pelo sistema imunitário em resposta ao vírus.
A capacidade por agora é de 50 testes por dia, com tendência a aumentar, caso seja posta em prática a automação de alguns processos que ainda são feitos manualmente.