O governo russo pretende alargar a todo o país a quarentena obrigatória que entrou hoje em vigor em Moscovo como medida para conter a pandemia de Covid-19.
"Peço aos dirigentes das regiões da Rússia para tomarem em conta a medida no sentido de estudarem a aplicação nos seus territórios", disse o primeiro-ministro russo, Mikail Mishustin, durante uma reunião ministerial hoje em Moscovo.
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na semana passada uma série de medidas para conter a propagação da pandemia de Covid-19, incluindo uma "semana de férias pagas", tendo as autoridades insistindo que os cidadãos devem permanecer em casa sem sair.
Moscovo decretou inicialmente o confinamento obrigatório às pessoas com mais de 65 anos de idade e aos doentes crónicos, mas no domingo o presidente da Câmara da capital, Serguéi Sobianin, anunciou que a partir de hoje o regime abrangeria toda a população da cidade, independentemente da sua idade.
De acordo com um decreto oficial, os 12 milhões de habitantes de Moscovo só podem sair de casa para comprar comida na loja mais próxima, medicamentos nas farmácias, passear o cão, despejar o lixo ou deslocar-se para trabalhar, caso tenham uma autorização especial.
Os últimos dados oficiais indicam que na Rússia se registam 1.534 casos de Covid-19, sendo Moscovo a cidade que acumula dois terços dos contágios.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 697 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 33.200.
Dos casos de infeção, pelo menos 137.900 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.