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Reabilitação das Termas de Caldas de Moledo arranca em 2020

LUSA
07-10-2019 15:19h

As obras de reabilitação nas Termas de Caldas de Moledo (Vila Real) arrancam no início de 2020 no âmbito dum consórcio entre a Turismo do Porto e Norte de Portugal e as Câmaras da Régua e de Mesão Frio.

A ideia é criar "um consórcio” entre a Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), a Câmara Municipal do Peso da Régua e a Câmara Municipal de Mesão Frio e avançar com as obras de reabilitação das históricas Termas de Moledo no “início de 2020”, avançou hoje à Lusa o presidente da TPNP, Luís Pedro Martins.

Uma vez que as Caldas de Moledo se estendem por dois concelhos – Mesão Frio e Peso da Régua -, o presidente da TPNP explicou que o consórcio vai refletir-se num investimento das duas autarquias, bem como da própria entidade turística, que vai concessionar o espaço, edifícios e as águas termais.

As obras de reabilitação no edifício das piscinas ficam a cargo da Câmara do Peso da Régua e as obras do edifício do balneário termal, que dista cerca de 50 metros das piscinas, vão ser da responsabilidade do município de Mesão Frio, acrescentou Luís Pedro Martins.

As Termas de Moledo, construídas no século XVIII e que estão fechadas desde 2010, vão ter não só um “conceito de spa saúde e bem-estar”, mas também vão ter com um “caráter social”, podendo o serviço estar disponível para utilização dos utentes dos hotéis, casas de turismo rural e quintas de enoturismo, bem como da população em geral, explicou o presidente da TPNP.

“Reabilitados estes edifícios e abertos à população, a nossa ideia é concessionar à atividade hoteleira outros espaços que temos no terreno e que têm uma localização privilegiada, ficando aí com capacidade para utilizar os equipamentos públicos”, declarou, frisando que a propriedade das Termas de Moledo “nunca deixará de ser da TPNP”.

O objetivo é dar vida a umas termas históricas, mas também acrescentar piscinas exteriores, com as águas a 40 graus centígrados, "indo ao encontro da tendência da saúde e bem-estar dos atuais spas”, declarou Luís Pedro Martins.

“Neste momento o que estou a tentar fazer é, com a Câmara Municipal de Mesão frio, a Câmara Municipal da Régua e com o apoio de algumas outras entidades que nos estão a dar alguma consultoria, entre as quais a Associação das Termas de Portugal, revitalizar este espaço para voltar a dar-lhe vida, requalificá-lo e voltar a abrir o balneário termal”, concluiu.

O alvará de concessão das termas foi entregue, em 1895, a Antónia Adelaide Ferreira, a "Ferreirinha" da Régua.

As Caldas de Moledo foram disputadas em tribunal pela extinta Entidade Regional de Turismo do Douro e o município de Peso da Régua. A Turismo do Douro avançou em 2009 com um processo de impugnação judicial à escritura realizada pela Câmara do Peso da Régua, para posse do parque termal por usucapião.

Em 2013, o Tribunal de Mesão Frio declarou a Turismo do Douro como a dona e legítima proprietária e condenou o município de Peso da Régua a reconhecê-lo, só que aquele município recorreu e o processo passou para o Tribunal da Relação do Porto, chegando ao Supremo Tribunal de Justiça, com ambos a confirmar a decisão da primeira instância.

A nova lei das Entidades Regionais de Turismo, que entrou em vigor no dia 17 de maio de 2013, fundiu a Turismo do Douro, sediada em Vila Real, com a TPNP.

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