A União Europeia (UE), após as Nações Unidas, também pediu um cessar-fogo na Síria com o objetivo de combater no país a pandemia da covid-19, causada pelo novo coronavírus, que poderá afetar milhares de deslocados.
"O cessar-fogo recentemente decidido em Idlib permanece frágil. Este deve ser mantido e estendido a toda a Síria", disse um porta-voz da Comissão Europeia num comunicado.
"Cessar as hostilidades no país é importante por si só, mas também é uma condição prévia para conter a disseminação do novo coronavírus e proteger uma população já afetada de consequências potencialmente desastrosas, particularmente em Idlib, onde há um número significativo de refugiados", continuou referiu o porta-voz.
Até ao momento, a Síria registou cinco casos de contaminação pelo novo coronavírus.
O enviado da ONU para a Síria, Geir Pedersen, já havia pedido um cessar-fogo na terça-feira, e os investigadores da ONU para a Síria reiteraram este mesmo pedido no sábado.
A UE, como a ONU já havia feito, também pediu a libertação em larga escala de pessoas detidas pelo regime sírio.
A pandemia ameaça particularmente os 6,5 milhões de sírios deslocados no país, incluindo mais de um milhão de civis, principalmente mulheres e crianças, que estão amontoados em campos ao longo da fronteira turca na província de Idlib.
Estes deslocados vivem com acesso limitado a cuidados de saúde ou água potável, numa área onde dezenas de hospitais foram retirados de serviço por bombardeamentos e combates.
Alvo de uma nova ofensiva mortal de Damasco desde dezembro, a região de Idlib, o último grande bastião jihadista e rebelde na Síria, beneficiou-se de uma precária desde o início de março, graças a um acordo de trégua.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 640 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 30.000.
Dos casos de infeção, pelo menos 130.600 são considerados curados.