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Sindicato mantém protesto em escola de Sintra apesar de Câmara garantir remoção de amianto

LUSA
04-10-2019 10:01h

O sindicato S.T.O.P. vai manter a greve contra o amianto de sexta-feira na Escola Dom Domingos Jardo, em Mira Sintra, Lisboa, apesar de a Câmara de Sintra ter garantido hoje o início das obras de remoção daquele material cancerígeno.

Em declarações à agência Lusa, André Pestana, do Sindicato de Todos Os Professores ( S.T.O.P.), disse que vai manter o encerramento da escola, que hoje começou, a greve e o cordão humano junto àquele estabelecimento, marcado para as 08:00 de sexta-feira, a que seguirá uma sessão de esclarecimento com a especialista em malefícios do amianto Carmen Lima, da SOS amianto (Quercus), e uma reunião com trabalhadores para decidirem se mantém ou anulam a paralisação.

Numa nota hoje enviada à agência Lusa, a Câmara Municipal “lamenta o prejuízo causado a alunos e encarregados de educação através de uma greve irresponsável, convocada pelo sindicato S.T.O.P., por exigir obras que têm o seu início previsto dentro de duas semanas”.

“Apesar de a Câmara Municipal de Sintra só ter assumido a responsabilidade quanto ao respetivo edifício no passado mês de setembro, a antecipação do lançamento deste concurso público permitiu que a obra tenha início previsto até ao final da primeira quinzena de outubro”, afirma a autarquia, acrescentando que abril deste ano lançou um concurso público para a substituição de três coberturas (em fibrocimento) em escolas do concelho de Sintra, onde se incluí a EB 23 Domingos Jardo, em Mira Sintra.

Contudo, André Pestana disse à Lusa que teve hoje uma reunião com a Câmara, que lhe disse que as obras serão realizadas durante um fim de semana, o que a estrutura sindical discorda em absoluto por questões de segurança, uma vez que ficam no ar partículas de cimento que não têm tempo de assentar e serem removidas antes do início das aulas, na segunda-feira.

O dirigente do S.T.O.P. adiantou à Lusa que a obra “tem de ser feita em condições de segurança para todos” e que o sindicato “quer fazer parte da solução e não do problema”.

Contudo, a Câmara de Sintra “lamenta profundamente o prejuízo causado aos alunos desta escola, e encarregados de educação, com uma greve injustificável e irresponsável, baseada num falso problema”.

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