Os órgãos de comunicação social privados dos Açores vão ser alvo de um "apoio excecional", durante os meses de abril e maio, para assegurar postos de trabalho, foi hoje anunciado.
Segundo uma nota de imprensa do executivo açoriano, foi aprovado em Conselho de Governo uma medida de "apoio excecional" para os órgãos de comunicação social privados que "prevê um apoio no valor de 90% da retribuição mínima mensal regional, por trabalhador, com contrato de trabalho, por mês, tendo em conta o contexto de exceção que a região atravessa devido à pandemia de covid-19".
São considerados elegíveis para efeitos de atribuição de apoio os trabalhadores com categoria profissional que desenvolvam atividade no âmbito da redação, produção, edição e difusão de conteúdos informativos, com contrato de trabalho há, pelo menos, três meses.
De acordo com o Governo dos Açores, "o apoio é concedido para garantir o funcionamento, em termos de recursos humanos, das respetivas redações, comprometendo-se a entidade a não reduzir o seu nível de emprego, sob pena de ter de devolver o apoio concedido".
Para o secretário regional adjunto da presidência para os Assuntos Parlamentares, Berto Messias, a medida é "fundamental para garantir que os órgãos de comunicação social privados com sede nos Açores têm condições para, através da manutenção do nível de emprego nas respetivas redações, continuar a garantir a difusão de noticias, informações e campanhas de sensibilização que permitam à população açoriana estar devidamente informada sobre a evolução da pandemia, bem como sobre os procedimentos de segurança e de preservação da saúde pública para os quais todos devem contribuir".
Em Portugal, segundo o balanço feito sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 76 mortes, mais 16 do que na véspera (+26,7%), e havia 4.268 infeções confirmadas.
Dos infetados, 354 estão internados, 71 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 572 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 26.500.
Dos casos de infeção, pelo menos 124.400 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.