O número de mortos devido à doença covid-19 aumentou hoje para dois na Venezuela, país que regista 113 infetados, anunciou o ministro venezuelano da Comunicação e Informação, Jorge Rodriguez.
Segundo o ministro, a morte hoje registada é de uma mulher de 78 anos, dia em que foram confirmados seis novos casos de infeção pelo novo coronavírus.
“[A doente] já apresentava diabetes, insuficiência respiratória e outras patologias. (…) Foi feita uma biópsia pulmonar ‘post mortem’ e determinou-se que tinha covid-19. O seu marido é um dos (novos) infetados de hoje”, disse o governante, sem adiantar em que zona do país vivia a mulher.
O ministro não explicou em que zona do país vivia a mulher.
Sobre os seis novos casos, Jorge Rodriguez precisou que três foram detetados no Distrito Capital, dois no estado de Miranda (sudeste de Caracas) e um em La Guaira (20 quilómetros a norte da capital). Trata-se de três homens e três mulheres.
Segundo Jorge Rodríguez, está a ser elaborado “um plano especial” preventivo para Miranda, Caracas e La Guaira, que concentram 90 dos 113 casos confirmados no país.
“É falso que os jovens são imunes à covid-19. Devem permanecer em quarentena”, frisou o ministro, esclarecendo que 29 pacientes infetados com o novo coronavírus “recuperaram-se por completo”.
A Venezuela está desde 13 de março em “estado de alerta”, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.
O “estado de alerta” foi decretado por 30 dias, que podem ser prolongados por igual período.
Os voos nacionais e internacionais estão restringidos no país.
Desde 16 de março que os venezuelanos estão em quarentena, estando impedidos de circular livremente entre os vários estados.
As clínicas e hospitais estão abertos, enquanto farmácias, supermercados, padarias e restaurantes estão a funcionar em horário reduzido, com estes últimos a vender apenas comida para fora.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 572 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 26.500.
Dos casos de infeção, pelo menos 124.400 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.