O CDS-PP questionou hoje o Governo sobre que medidas foram adotadas para repatriar os estudantes nacionais que estão fora de Portugal e inscritos em instituições do ensino superior noutros países, na sequência da pandemia da doença provocada pelo SARS-CoV-2.
De acordo com um documento enviado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, os centristas advogam que, “nos últimos dias, centenas de estudantes portugueses espalhados por vários países europeus queixaram-se” de falta de apoio do Governo português para “o seu regresso a casa”.
O CDS-PP considera que o regresso destes estudantes está a ser “dificultado por causa das medidas de restrição à circulação” e viagens impostas por vários países para mitigar a propagação da covid-19.
Por isso, os democratas-cristãos querem saber “qual o ponto da situação quanto aos estudantes portugueses atualmente ausentes do território nacional” e que estão inscritos em instituições de ensino superior em outros países.
O CDS-PP também quer saber se as autoridades portuguesas já contactaram todos os estudantes nesta situação, quantos “expressaram vontade de regressar a Portugal” e ainda que medidas é que “o Governo adotou, ou vai adotar, para o seu repatriamento”.
Os centristas também querem saber se há informações sobre estudantes portugueses infetados pelo novo coronavírus.
Questionando ainda sobre “como serão tratadas as inscrições de alunos nacionais no 1.º semestre do ano letivo 2020/2021” e se a tutela pondera suspender ou adiar as inscrições para estes programas de intercâmbio no próximo semestre.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 572 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 26.500.
Dos casos de infeção, pelo menos 124.400 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 318 mil infetados e mais de 18 mil mortos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 9.134 mortos em 86.498 casos registados até quinta-feira.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, registaram-se 76 mortes, mais 16 do que na véspera (+26,7%), e 4.268 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 724 novos casos em relação a quinta-feira (+20,4%).
Dos infetados, 354 estão internados, 71 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.