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Covid-19: Arábia Saudita apela a resposta “eficaz e coordenada” do G20

LUSA
26-03-2020 14:01h

O Rei Salman da Arábia Saudita pediu hoje em Riade aos países membros do G20 uma “resposta eficaz e coordenada” para enfrentar a pandemia do covid-19, durante uma cimeira virtual das 20 maiores potências económicas mundiais.

“Devemos restabelecer a confiança na economia mundial”, acrescentou o monarca no discurso de abertura a partir da capital da Arábia Saudita, que este ano dirige o conclave.

“Apesar da importância das respostas individuais de cada país, é nosso dever reforçar a cooperação e a coordenação em todos os aspetos das políticas económicas adotadas”, insistiu.

“Por outro lado, temos a responsabilidade de estender a mão aos países em desenvolvimento e aos menos avançados permitindo-lhes reforçar a sua capacidade e melhorar as suas infraestruturas para que ultrapassem esta crise e as suas repercussões”, considerou igualmente o monarca saudita.

Os presidentes norte-americano, Donald Trump, russo, Vladimir Putin, francês, Emmanuel Macron, e outros dirigentes do G20 estão hoje reunidos em videoconferência para tentar coordenar os esforços contra a ameaça de recessão inédita que se perspetiva na economia mundial devido às draconianas medidas destinadas a travar o surto da pandemia.

O Rei Salman também está sob pressão para pôr termo à guerra de preços do petróleo com a Rússia, que está a agitar os mercados de energia.

A cimeira do G20 decorre um dia após a aprovação pelo Senado dos Estados Unidos de um plano de apoio à economia norte-americana de dois biliões de dólares (1,8 biliões de euros), e da adoção pela Alemanha de um vasto conjunto de medidas de 750 mil milhões de euros.

A Arábia Saudita, que já registou mais de 1.000 casos de covid-10 e três mortes devido à doença, também vai pôr em prática um plano de apoio económico de 120 mil milhões de riyals (cerca de 29 mil milhões de euros).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com quase 260.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 7.503 mortos em 74.386 casos registados até quarta-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 4.089, entre 56.188 casos de infeção confirmados até hoje.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.285 casos (mais de 74 mil recuperados) e regista 3.287 mortes. Nas últimas 24 horas, reportou seis mortes e 67 novos casos, todos com origem no exterior, quando o país começa a regressar à normalidade, após dois meses de paralisia.

Os países mais afetados a seguir à Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.234 mortes (29.406) casos, a França, com 1.331 mortes (25.233 casos), e os Estados Unidos, com 1.031 mortes (68.572 casos na quarta-feira).

O continente africano registou até hoje 73 mortes devido ao novo coronavírus, ultrapassando os 2.700 casos, em 46 países.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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