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Covid-19: CDS-PP questiona medidas previstas para atenuar impacto na medicina dentária

26-03-2020 12:54h

O CDS-PP entregou hoje no parlamento uma pergunta dirigida ao Governo para saber quando serão entregues equipamentos de proteção a profissionais de medicina dentária e que medidas serão tomadas para minimizar o impacto económico-financeiro provocado pela covid-19.

Na pergunta, dirigida à ministra da Saúde, Marta Temido, o grupo parlamentar centrista questiona quantos equipamentos de proteção individual “tenciona o Governo distribuir a estes profissionais de saúde” da área da “medicina dentária, estomatologia e odontologia”, e quando.

“Para que possam socorrer as situações comprovadamente urgentes e inadiáveis, com toda a segurança para si, para as suas equipas e para os respetivos utentes”, justifica.

Os deputados do CDS questionam também a ministra sobre “que medidas concretas vai o Governo tomar para minimizar o impacto económico-financeiro que a pandemia do covid-19 está a causar aos profissionais de saúde das áreas da medicina dentária, estomatologia e odontologia”.

“Vão essas medidas abranger todos estes profissionais, sejam eles trabalhadores independentes a recibos verdes, trabalhadores por conta de outrem ou sócios-gerentes de clínicas dentárias?”, perguntam ainda.

No documento, o partido afirma que “tem recebido exposições destes profissionais de saúde, demonstrando sérias preocupações com a sua situação financeira, bem como das clínicas que tiveram de interromper os seus serviços” exceto “para as situações comprovadamente urgentes e inadiáveis”.

Citando trabalhadores do setor, não identificados, o grupo parlamentar do CDS assinala que as medidas tomadas pelo Governo para tentar mitigar o impacto da declaração do estado de emergência na sequência da propagação do novo coronavírus, “pouco ou nada protegem financeiramente os profissionais” deste setor e apontam que “os médicos dentistas não estão a conseguir assegurar a aquisição de equipamentos individuais de proteção”.

 “Compreendemos e aplaudimos toda e qualquer medida que seja tomada para minimizar a propagação da covid-19 e o risco de infeção da população. No entanto, entendemos que têm de ser acauteladas medidas que protejam também estes profissionais do ponto de vista financeiro, uma vez que neste momento a esmagadora maioria está impedida de trabalhar”, salientam os deputados do CDS.

Salientando que “tendo em conta que está em causa a subsistência de milhares de profissionais de saúde”, o partido “entende ser da maior pertinência que o Governo esclareça que medidas concretas está a equacionar para proteger estes profissionais de saúde”.

Portugal registou os primeiros casos confirmados no dia 02 de março, encontrando-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

Hoje, subiu para 60 o número de mortes associadas à covid-19, mais 17 do que na quarta-feira, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde, registando 3.544 casos de infeção.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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