As alterações climáticas, as ameaças no Golfo Pérsico e na Faixa de Gaza e as crises na Síria, Iémen e Venezuela centram os trabalhos da Assembleia Geral da ONU, que hoje começa em Nova Iorque.
As mudanças no clima alimentaram segunda-feira a cimeira sobre as alterações climáticas, convocada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, pelo que se aguarda hoje que tal se reflita nas diferentes intervenções dos líderes ou responsáveis dos 193 Estados que integram a organização.
Outra questão premente é a escalada da tensão, tal como já disse Guterres, “muito perigosa” no Golfo Pérsico, tendo o Irão e Arábia Saudita como principais potências da região.
Os ataques a refinarias de petróleo da Arábia Saudita, a 14 deste mês, foram um dos eventos mais recentes que sobressaltaram o mundo e deverão ser abordados por vários Estados-membros da ONU, principalmente os que têm interesses económicos naquele país ou que são também países produtores de petróleo.
Estados Unidos e Irão, duas potências nucleares, estão num momento de maior pressão e trocas de ameaças de retaliação, que levam vários países do mundo, como a França, a tentarem intermediar conversações pacíficas entre os presidentes Donald Trump e Hasan Rohani.
Os conflitos israelo-palestiniano e regionais no Iémen, Síria e Afeganistão, que se prolongam há vários anos, deverão ser entre os mais abordados, depois de a ONU ter dito, com vários relatórios, que a crise humanitária no Iémen, país que vive em guerra desde 20014, é a pior da atualidade e poderá ser a pior do século.
A crise política na Venezuela continua, alastrada a uma crise económica e social e prevê-se que a comunidade internacional veja a Assembleia Geral como uma oportunidade para colocar ainda mais pressão sobre o regime de Nicolás Maduro, que já anunciou que não vai estar presente em Nova Iorque.
Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e Presidente autoproclamado do país, anunciou que vai entregar à ONU provas de violações dos Direitos Humanos na Venezuela.
Com o mundo de olhos postos no combate às alterações climáticas e, nomeadamente, sobre a região da Amazónia e a luta pelos direitos humanos dos povos indígenas, o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, prometeu levar a Amazónia na agenda, sendo o primeiro a abrir hoje o debate geral, como tradição, antes do Presidente dos Estados Unidos.