A Câmara de Lisboa vai continuar a fornecer refeições aos alunos mais carenciados durante as férias da Páscoa e as escolas que receberem filhos de profissionais em serviço essencial durante a pandemia de covid-19 permanecerão abertas, foi hoje anunciado.
“Ao aproximar-se a época das férias da Páscoa, tem sido noticiada a incerteza e consequente preocupação de muitas famílias sobre que tipo de apoio social terão para continuar a cumprir com as medidas de isolamento social. A Câmara Municipal de Lisboa, nomeadamente através do pelouro da Educação e Direitos Sociais, continuará a fornecer a resposta social das escolas durante este período”, é referido em comunicado.
Na nota do gabinete do vereador responsável pelo pelouro da Educação e da Ação Social, Manuel Grilo (BE, partido que tem um acordo de governação da cidade com o PS), é indicado que as 10 escolas que atualmente estão abertas para receber os filhos dos profissionais em serviço essencial durante a crise, nomeadamente profissionais de saúde e forças de segurança, “continuarão com a resposta disponível”.
“A resposta de confeção de refeições que tem estado disponível para todos os alunos dos escalões A e B e que tem servido as respostas sociais da cidade” irá igualmente continuar em funcionamento.
Desde que as escolas foram encerradas devido ao surto de covid-19, a Câmara de Lisboa fornece as refeições (pequeno-almoço, almoço e lanche) em sistema ‘take-away’ a todos os alunos dos jardins de infância e escolas do 1.º ciclo da cidade abrangidos pela ação social escolar.
“Estas respostas sociais são essenciais numa época de emergência e não é por estarmos numa época culturalmente importante - mas que este ano será diferente - que podemos suspender serviços de que a população se serve todos os dias”, afirma o vereador com o pelouro da Educação e da Ação Social, citado no comunicado.
As férias da Páscoa iniciam-se na próxima segunda-feira e prolongam-se até 13 de abril.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 428 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 19.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, há 43 mortes, mais 10 do que na véspera (+30,3%), e 2.995 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista 633 novos casos em relação a terça-feira (+26,8%).
Dos infetados, 276 estão internados, 61 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 22 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.