Uma empresa de importação de medicamentos da Guiné-Bissau deu hoje ao Ministério da Saúde Pública máscaras, luvas, gel alcoólico e sabão líquido, para o combate ao novo coronavírus.
David Peixoto, administrador da empresa detida por três grupos farmacêuticos portugueses, disse à Lusa que entregaram ao Ministério da Saúde guineense 32.500 máscaras, 50 mil luvas, 30 litros de gel e 15 litros de sabão líquido concentrado.
O responsável disse que a doação decorre também da responsabilidade social que a sua empresa tem para "ajudar o Ministério da Saúde na luta contra o novo coronavírus", responsável pela pandemia de covid-19.
David Peixoto defendeu que a sua empresa, contando com a casa mãe em Portugal, tem capacidade de, no prazo máximo de três semanas, colocar na Guiné-Bissau, cerca de 40 toneladas de materiais de proteção e de teste de infeção por novo cononavírus.
A questão para David Peixoto é saber se o Ministério da Saúde guineense poderá encontrar parceiros dispostos a financiar uma operação do género.
O responsável do grupo português espera, no entanto, que os materiais agora doados sejam devidamente racionados, lembrando que a nível mundial, está difícil de encontrar, no mercado, máscaras de proteção.
David Peixoto disse também à Lusa que vai permanecer em Bissau por considerar a sua presença de fundamental para a estratégia de luta contra o novo coronavírus.
"É como se fosse uma obrigatoriedade ficar cá. Sentimos que a nossa empresa é um parceiro muito importante para o Ministério da Saúde da Guiné-Bissau, neste contexto atual", afirmou o administrador português.
As autoridades guineenses confirmaram hoje que duas pessoas (um cidadão da república Democrática do Congo e um indiano) testaram positivo com covid-19.
A pandemia da covid-19 já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.
O continente africano registou 58 mortes devido ao novo coronavírus, aproximando-se dos 2.000 casos em 45 países e territórios, segundo as estatísticas mais recentes.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena, estado de emergência e o encerramento de fronteiras, como é o caso da Guiné-Bissau.