A cadeia internacional El Corte Inglés’ apresentou hoje no Ministério do Trabalho de Espanha um Expediente de Regulação Temporária do Emprego (ERTE) que afetará cerca de 26.000 trabalhadores naquele país, informou a empresa.
A medida vai assim incidir sobre 28,8% de um total de 90.000 trabalhadores, comprometendo-se a empresa a complementar até 100% os seus salários.
O ERTE terá a duração de 14 dias a partir da publicação do decreto que estabeleceu o “estado de emergência” em Espanha e a sua duração vai depender da situação em que o país vive.
Na legislação espanhola, um ERTE é um procedimento pelo qual uma empresa a atravessar uma situação excecional procura obter autorização para despedir trabalhadores, suspender contratos de trabalho ou reduzir temporariamente o horário de trabalho, quando está a passar por dificuldades técnicas ou que ameaçam a sua continuidade.
Desta forma, o grupo El Corte Inglés aproveita as medidas permitidas pelo Governo espanhol no âmbito do “estado de emergência” devido à crise sanitária provocada pela covid-19.
A empresa afirma que adotou esta medida por motivo de força maior e tem como objetivo manter o emprego.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 428.000 pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 19.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 226.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos registados até terça-feira.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 3.434, entre 47.610 casos de infeção.