Dezenas de milhares de estudantes manifestaram-se hoje na Austrália e nas ilhas do Pacífico contra as alterações climáticas, poucos dias antes da cimeira das Nações Unidas dedicada ao clima.
Em Sydney, alunos, professores e pais empunhavam bandeiras e cartazes onde podia ler-se "Parem de queimar o nosso futuro" ou "nem Marie Kondo pode resolver este caos", em referência a uma especialista em organização pessoal japonesa.
Outras cidades do país, como Camberra, Melbourne e Hobart, também reuniram milhares de manifestantes, numa associação à greve mundial das escolas pelo clima, que visa exigir dos políticos ações concretas contra as alterações climáticas.
Nas ruas da capital australiana, os manifestantes pediram uma "ação imediata" e condenaram o atual primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, pela sua posição favorável à indústria do carvão.
Morrison, que se encontrava nos Estados Unidos em visita oficial, não participará na cimeira da ONU, na segunda-feira. Um gesto que o Partido Verde australiano descreveu como "uma cobardia", já que o país é um dos maiores emissores de gases poluentes, se incluídas as exportações de combustíveis fósseis.
As ilhas do Pacífico, as nações mais vulneráveis ao aumento do nível das águas, como consequência do aquecimento global, também foram palco de vários atos de protesto.
Estudantes das Ilhas Salomão, alguns armados com escudos e bandeiras, outros em canoas, reuniram-se perto do mar, em protesto.
Crianças de Kiribati gritavam, de punho para cima, "não nos afundamos, lutamos!", segundo imagens divulgadas na rede social Twitter pela organização ambientalista 350.
A Cimeira de Ação Climática, na segunda-feira, é precedido pela Cimeira da Juventude sobre alterações climáticas, no fim de semana onde o debate vai ser conduzido por jovens ativistas como Greta Thunberg.