O líder do grupo parlamentar do PS/Açores, Francisco César, disse hoje que está disponível para viabilizar a audição do presidente do executivo açoriano, no parlamento, sobre as medidas adotadas no âmbito da pandemia da covid-19.
O líder do BE/Açores e único deputado regional do partido, António Lima, propôs, recentemente, na conferência de líderes da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, a audição de Vasco Cordeiro, tendo levado o tema à reunião de hoje da Comissão Permanente, na delegação parlamentar de São Miguel.
A questão gerou acusações mútuas entre o parlamentar bloquista e vários deputados.
“A presença do presidente do Governo nesta comissão serviria para transmitir ao parlamento o ponto de situação da crise epidemiológica, as medidas já implementadas e as que se preparam. Inviabilizou-se assim a possibilidade de o questionar e de o parlamento exercer hoje seu poder de fiscalização da atividade governativa”, disse António Lima.
No final dos trabalhos, Francisco César acabou por propor a audição de Vasco Cordeiro no âmbito da “fiscalização da atividade do Governo” Regional, numa reunião em que o líder do grupo parlamentar do PSD/Açores, Luís Maurício, propôs a suspensão, por parte do Governo dos Açores, dos impostos sobre o gás, para ajudar os agregados familiares face à pandemia em curso.
Luís Maurício referiu que as cotações sobre o gás baixaram, no contexto internacional, 40% e que este valor deveria ser tido em consideração na fixação do novo preço.
Na reunião da Comissão Permanente, o único deputado regional do PPM, Paulo Estevão, considerou ser “fundamental adotar medidas”, visando assegurar a sobrevivência das famílias e do tecido empresarial, enquanto o comunista João Paulo Corvelo, referiu que “foi menosprezado a escassez de meios e pessoas” no Serviço Regional de Saúde.
O deputado e líder regional do CDS-PP, Artur Lima, defendeu a necessidade de se realizar o plenário no parlamento dos Açores, posição acompanhada pelo PPM, considerando que os deveres dos deputados “não estão em ‘lay-off’” e que estes devem estar “na primeira linha da luta” contra a pandemia.