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Covid-19: Líderes do G20 reunidos 5.ª feira por videoconferência para debater ações

24-03-2020 19:26h

Uma reunião extraordinária dos líderes das 20 maiores economias mundiais (G20) para abordar a pandemia da covid-19 realiza-se na quinta-feira por videoconferência, confirmou hoje a ONU, que pede aos representantes internacionais medidas determinadas para responder à atual crise.

Na segunda-feira, os ministros da Economia e os governadores dos bancos centrais deste grupo dos 20 países mais industrializados e emergentes do mundo comprometeram-se a elaborar um plano de ação para coordenar a resposta à doença covid-19 e definir medidas para enfrentar as consequências da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, escreveu aos líderes do G20 a pedir ações "coordenadas e determinadas” para enfrentar a crise global provocada pela doença covid-19, tanto a nível sanitário como a nível económico e social.

No campo económico, a ONU alertou que a crise terá um custo de muitos milhares de milhões, razão pela qual pede ao G20 uma injeção “em massa” de recursos no sistema e que se esqueça das regras e das políticas económicas tradicionais, uma vez que o mundo atravessa "tempos sem precedentes".

“Insto os líderes do G20 a considerarem o lançamento urgente de um grande pacote coordenado de estímulos de milhares de milhões de dólares para responder ao fornecimento direto de recursos a empresas, trabalhadores e a famílias em países que não podem fazer isso sozinhos", afirmou Guterres.

O secretário-geral da ONU salientou ainda que tais medidas de expansão devem ser acompanhadas por uma rejeição do protecionismo.

O G20 é composto pelos Estados Unidos, Rússia, China, França, Alemanha, Reino Unido, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Coreia do Sul, Arábia Saudita, África do Sul e Turquia. Também integra a Espanha, como país convidado permanente, e a União Europeia (UE).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

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