A Associação Portuguesa de Segurança (APSEI) reivindicou hoje melhores apoios para as empresas do setor, que não se sentem beneficiadas pelas medidas anunciadas pelo Governo e temem ter de encerrar na sequência dos constrangimentos causados pela covid-19.
Segundo um comunicado da APSEI, a associação considera que algumas das medidas, previstas na portaria 71-A/2020 de 15 de março, “pouco beneficiam as empresa de segurança” cujo papel “é ainda mais importante para garantir a segurança de pessoas e bens e limitar o crime contra o património”, numa altura em que muitos escritórios e empresas estão a encerrar devido à covid-19.
A associação criticou concretamente o facto de os financiamentos previstos serem, no máximo a quatro anos, e das empresas apenas poderem recorrer a eles 60 dias após terem quebras de 40% na faturação.
“Durante esses 60 dias, a larga maioria das empresas não terá condições para manter os postos de trabalho, cumprir as obrigações com as entidades fornecedoras de bens e serviços e com o próprio Estado”, considerou, alertando para o risco de incumprimento e de milhares de despedimentos.
A associação considerou também que o regime de 'lay off' simplificado pouco irá beneficiar as empresas de segurança porque teriam de ser elas a adiantar os 70% da remuneração que os trabalhadores vão receber pela segurança social.
“As empresas precisam do dinheiro agora, para cumprir com as responsabilidades de agora”, defendeu a APSEI.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, há 33 mortes e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista mais 302 casos do que na segunda-feira. O país encontra-se em estado de emergência até às 23:59 de 02 de abril.