A Polónia seguiu hoje o exemplo da Alemanha proibindo a concentração de mais de duas pessoas na via pública e limitou rigorosamente os deslocamentos para lutar contra a propagação do novo coronavírus.
“Tomamos esta decisão para ganhar tempo”, declarou o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki, numa conferência de imprensa.
“Ganhamos tempo para todos, para melhor preparar os serviços médicos, para preparar novos locais, novos hospitais (…) para o caso do pior cenário se tornar realidade”, adiantou.
As deslocações devem reduzir-se ao trajeto casa-trabalho, às saídas para as compras de primeira necessidade ou devido a motivos de saúde.
As autoridades limitam a duas pessoas, exceto no caso de famílias, a possibilidade de qualquer concentração. No caso de acontecimentos religiosos, missas ou funerais, esse número passa para cinco, excluindo o padre e os coveiros, contra 50 anteriormente.
As novas medidas aplicar-se-ão até 11 de abril, precisou o ministro da Saúde, Lukasz Szumowski.
A 14 de março, a Polónia encerrou as suas fronteiras aos estrangeiros e impôs uma quarentena a todas as pessoas que regressassem ao país. Os restaurantes, bares e discotecas, assim como os centros comerciais estão fechados.
Com 38 milhões de habitantes, a Polónia regista atualmente 799 casos da covid-19, incluindo nove mortos.
Mais de 90.000 pessoas encontram-se em quarentena, segundo o primeiro-ministro.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.077 mortos em 63.927 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.