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Covid-19: Comité Paralímpico Internacional diz que adiamento "é a coisa certa a fazer"

LUSA
24-03-2020 15:14h

O presidente do Comité Paralímpico Internacional (IPC) considerou hoje que a decisão de adiar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio2020 “é a coisa certa a fazer”, numa altura em que a “saúde é prioridade”.

“Adiar os Jogos devido ao surto global da covid-19 é a coisa certa a fazer. A saúde e o bem-estar de todos devem ser a prioridade número um. Realizar um evento desportivo com esta pandemia é, simplesmente, impossível”, afirmou Andrew Parsons, numa nota divulgada na página do IPC.

Parsons considerou que “atualmente o mais importante é preservar a vida humana e, por isso, é essencial que sejam tomadas todas as medidas para tentar limitar a propagação da doença”.

O presidente do IPC considerou que a decisão de adiar os Jogos, que deveriam decorrer entre 25 de agosto e 06 de setembro, vai permitir aos “atletas concentrarem-se totalmente na sua saúde e bem-estar, permanecendo em segurança durante este tempo difícil e sem precedentes”.

“Quando os Jogos Paralímpicos se realizarem em Tóquio no próximo ano, serão uma espetacular celebração global de união”, afirmou Parsons.

O presidente do IPC garantiu que o organismo continuará a trabalhar em estreita “colaboração com os atletas, os comités paralímpicos nacionais e as federações de modalidade” tendo em vista a realização dos Jogos em 2021.

O Comité Olímpico Internacional (COI) e o Comité Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos anunciaram hoje o adiamento, devido à pandemia da covid-19.

Em comunicado, os organizadores dos eventos esclarecem que “os Jogos da XXXII Olimpíada em Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020 e nunca depois do verão de 2021".

Desde 1988, que os Jogos Paralímpicos passaram a utilizar as instalações dos Jogos Olímpicos, e mais recentemente, os dois eventos começaram a ter o mesmo comité organizador.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 17.000 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal, há 30 mortos e 2362 infetados confirmados. Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.

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