Um novo contingente composto por 20 militares cabo-verdianos, além de polícias e elementos da Proteção Civil, partiu hoje para reforçar o apoio à ilha da Boa Vista, isolada do restante arquipélago com três casos confirmados de covid-19.
Na sexta-feira, um contingente de 45 elementos, incluindo quatro dezenas de militares, técnicos da Proteção Civil e enfermeiros, tinha já sido mobilizado para a Boa Vista, que concentra os únicos casos de covid-19 no arquipélago de Cabo Verde, três turistas estrangeiros.
De acordo com o Ministério da Administração Interna (MAI) de Cabo Verde, a equipa multidisciplinar mobilizada hoje visa “reforçar as capacidades locais de controlo e de resposta” à situação da covid-19, sendo liderada pelo presidente do Serviço Nacional da Proteção Civil.
Além de 20 militares das Forças Armadas, é constituída ainda por cinco bombeiros e 11 efetivos da Polícia Nacional.
Para “garantir apoio à população”, este contingente “leva ainda equipamentos de proteção individual, tendas, desfibrilador, extintores e dorsais, para serem usados na desinfestação e no reforço dos materiais já existentes na ilha”.
A ilha da Boa Vista está em quarentena pelo menos até 04 de abril, estando as ligações aéreas e marítimas suspensas. Os dois hotéis onde foram detetados os três casos do novo coronavírus, em dois turistas ingleses e uma dos Países Baixos, estão igualmente em quarentena, mantendo-se no interior clientes e funcionários.
Paralelamente, o navio que transportou a equipa e respetivos meios levou para a ilha material para “apetrechar as farmácias da Boa Vista”, nomeadamente medicamentos e equipamentos de proteção individual, fornecidos pela empresa estatal Emprofac.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 345 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.