O Brasil registou 1680 casos de sarampo nos últimos 90 dias, entre 19 de maio a 10 de agosto, um aumento que levou o Ministério da Saúde brasileiro a recomendar a vacinação em bebés.
Os dados foram revelados pelo Governo brasileiro na terça-feira, tendo a pasta da Saúde recomendado a vacinação contra o sarampo em crianças com idades entre os seis e os 11 meses de idade, para combater a disseminação do vírus no país.
"A medida preventiva deve alcançar 1,4 milhões de crianças, que não receberam a dose extra, chamada de `dose zero`, além das previstas no Calendário Nacional de Vacinação, aos 12 e 15 meses. Para isso, o Ministério da Saúde irá enviar 1,6 milhões de doses a mais para os estados. A ação é uma resposta imediata do Governo em decorrência do aumento de casos da doença em alguns estados", declarou a tutela no seu `site`.
Desde o início do ano até ao passado domingo, o Brasil tinha confirmados 1.845 casos de sarampo, segundo o portal de notícias G1.
Após um surto que envolveu estados da Região Norte do Brasil no início do ano, um novo surto de sarampo foi registado no estado de São Paulo, que regista atualmente 1.662 casos, 98,5% do total de incidências no país.
Seguem-se os estados do Rio de Janeiro, com seis casos, e Pernambuco, com quatro.
Com apenas um caso estão Goiás, Paraná, Maranhão, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Piauí.
"Nós estamos preocupados com essa faixa etária (bebés entre os seis e os 11 meses) porque em surtos anteriores foram as crianças menores de um ano que evoluíram para casos mais graves e óbitos. Por isso, é preciso que todas as crianças na faixa prioritária sejam imunizadas contra o vírus do sarampo (...)", frisou o secretário de Vigilância em Saúde daquela pasta, Wanderson Oliveira.
Além dos bebés, outro público que preocupa o Ministério é o de jovens adultos, pelo que destacou a necessidade de pessoas entre os 20 a 29 anos regularizarem a vacinação contra o vírus.
O sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode ser fatal. A sua transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas, sendo a vacina a única forma de evitar a enfermidade, segundo alertou a tutela.