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Portugal ajuda campanha de reflorestação no leste da Guiné-Bissau

LUSA
08-08-2019 09:32h

A embaixada de Portugal na Guiné-Bissau está a financiar um projeto para ajudar as autoridades de Bafatá a plantar árvores em seis setores que compõem aquela região leste do país, disse à Lusa o governador local, Dundu Sambú.

“É um projeto bonito e que agarramos com entusiasmo”, afirmou Dundu Sambú, referindo-se ao projeto “No Limpa Bafatá” (limpemos Bafatá), financiado pelo Fundo de Pequenos Projetos da Embaixada de Portugal em Bissau.

De acordo com o governador, já foram plantadas mais de 300 plantas que se vão transformar em árvores para dar sombra e embelezamento às ruas da segunda capital da Guiné-Bissau, berço do “pai” da nacionalidade guineense, Amílcar Cabral.

Devido à ação da indústria madeireira e de corte descontrolado da própria população, Bafatá, como acontece em grande parte do território guineense, depara-se com falta de árvores nas ruas e na floresta.

A iniciativa agora lançada pelo governo regional de Bafatá, com ajuda financeira da embaixada de Portugal, tem como objetivo “minimizar riscos de catástrofes naturais e acidentes que possam advir de ventos fortes e chuvas”, observou Dundu Sambú, que pede a colaboração de toda população da região.

Para já foram plantadas árvores numa das margens do rio Geba e num bairro de Bafatá, mas, no próximo fim de semana, a iniciativa será estendida para outros bairros e escolas públicas e na mesma altura será alargada para os seis setores da região (Bambadinca, Contuboel, Gammadu, Galomaro, Sonaco e Xitole), indicou o governador.

Dundu Sambú enaltece a cooperação registada no início da campanha, destacando a presença no ato das primeiras plantações (50 pequenas árvores) de elementos do Governo regional, forças de defesa e segurança, várias associações comunitárias, mas espera contar com todos nas próximas iniciativas.

Uma das organizações não-governamentais (ONG) que se juntou à iniciativa, a associação para o desenvolvimento TESE, indicou na sua página nas redes sociais que o que se pretende “é alcançar um impacto positivo no ambiente e na saúde pública, através da educação ambiental e da educação cívica”.

Para a TESE, plantar e cuidar de árvores “é contribuir para um melhor ambiente, já que elas conseguem purificar o ar, aumentar a capacidade de infiltração de água do solo, diminuir o vento, absorver a radiação solar”.

A nova ministra da Agricultura e Florestas guineense, Nelvina Barreto tem em marcha uma campanha de reflorestação do país que se estima perdeu anualmente nos últimos tempos entre 40 a 60 mil hectares de floresta devido ao desmatamento, corte clandestino de árvores por madeireiros e queimadas.

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