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Fontanários na Viagem Medieval de Santa Maria da Feira poupam 23.000 garrafas plásticas

LUSA
07-08-2019 14:04h

A Viagem Medieval de Santa Maria da Feira conta este ano com dispensadores de água públicos e gratuitos, dissimulados em réplicas de fontanários antigos, que permitirão evitar o consumo de 23.000 garrafas de plástico, segundo as contas dos responsáveis.

Segundo revelou à Lusa fonte oficial da Indaqua Feira, concessionária da rede pública nesse município do distrito de Aveiro e promotora da instalação dos referidos aparelhos, em causa estão seis dispensadores públicos que, até domingo à noite, distribuirão pelos 34 hectares do recinto dessa recriação histórica mais de 7.500 litros de água.

"Os litros de água disponibilizados pela Indaqua em parceira com o município evitam o consumo estimado de cerca de 23.000 garrafas de plástico, contribuindo muito significativamente para diminuir a pegada ecológica do evento", revela fonte da concessionária.

Essas fontes já estiveram disponíveis ao público em anteriores edições do evento, mas só este ano se tornaram percetíveis para a generalidade da população devido à sua aparência exterior, já que os dispensadores eletrónicos de água à temperatura normal ou fria estão agora dissimulados por um encastre externo que imita pedra esculpida.

O design desses fontanários remete para o estilo construtivo da Idade Média, retirando inspiração específica da fonte de água existente na Praça de Armas do próprio Castelo da Feira.

Marta Sousa é um dos cerca de 700.000 visitantes esperados até domingo na presente edição da Viagem Medieval e admite que foi surpreendida por esses mecanismos, que classificou como "uma excelente ideia".

Ao longo de mais de 10 horas de visita ao recinto num único dia, com os filhos e outros familiares, a luso-alemã revela ter utilizado os dispensadores gratuitos "pelo menos umas três a quatro vezes", abastecendo a partir deles a garrafa metálica que já levara de casa.

"Foi muito bem pensado em termos práticos e ambientais, porque evita que tenhamos que andar sempre a fazer desvios com as crianças para ir comprar água e também reduz o uso do plástico, que só não preocupa quem estiver totalmente inconsciente do mal que ele anda a fazer ao planeta", explica.

Evocando "a cidade de Roma, que tem fontes com conteúdo potável em cada esquina", Marta Sousa defende que "a água devia ser um bem púbico e estar acessível à população de forma mais generalizada nos espaços e eventos públicos", pelo que insiste que os fontanários da Viagem Medieval "foram realmente uma ótima ideia para as famílias e para o ambiente".

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