A organização de produtores Lusomorango defendeu hoje ser “vital” manter as fronteiras abertas para o transporte de mercadorias, apesar do desenvolvimento do Covid-19, salvaguardando o funcionamento do setor agrícola e o escoamento dos produtos.
“No atual contexto de excecionalidade que o país e o mundo atravessam, a Lusomorango […] vem apelar à salvaguarda dos mecanismos que permitam garantir o regular funcionamento da atividade do setor agrícola nacional e o escoamento dos produtos para os seus destinos de exportação”, sublinhou, em comunicado, a organização de produtores (OP).
Assim, a necessidade de manter as fronteiras abertas para o transporte de mercadorias “é vital para garantir a sustentabilidade” do setor e para dar resposta à necessidade dos mercados.
De acordo com a Lusomorango, apesar da pandemia Covid-19, os mercados de destino destes produtores, “sobretudo geografias nórdicas”, mantêm a procura pelos pequenos frutos da organização, uma tendência que, provavelmente, “irá mesmo aumentar”, tendo em conta o período de isolamento social.
Esta OP, que conta com 42 associados e 2.200 trabalhadores de mais de 30 nacionalidades, “está empenhada em garantir a sua atividade agrícola regular”, mas sublinhou ter em vigor um plano de contingência, elaborado de acordo com as normas da Direção-Geral da Saúde e da Organização Mundial de Saúde.
“A Lusomorango apela ainda à não discriminação de trabalhadores em função das suas origens. Portugal e o mundo enfrentam um momento de excecional gravidade, ninguém deve ser discriminado […]. Todos, sem exceção, estamos a ser afetados pela gravidade das circunstâncias. Só a união e o esforço conjunto permitirão ultrapassar os tempos difíceis que vivemos”, concluiu.
O número de infetados pelo novo coronavírus em Portugal subiu para 642, mais 194 do que os contabilizados na terça-feira, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica de Covid-19 em Portugal, divulgado hoje às 12:00, desde 01 de janeiro foram registados 5.067 casos suspeitos.
Segundo a DGS, há 351 casos a aguardar resultado laboratorial e três casos recuperados.