Pelo menos 20 profissionais de saúde foram demitidos por roubo e desvio de medicamentos do Sistema Nacional de Saúde (SNS) moçambicano só neste ano, disse hoje o ministro da saúde, Ussene Isse.
“Temos, só neste momento, cerca de 20 trabalhadores expulsos por roubo de medicamentos”, disse o governante, sublinhando que o Governo dá tolerância zero a situações do género.
“Quem for encontrado na posse de medicamentos do Sistema Nacional de Saúde, não temos contemplação para este colega e tomamos decisões muito sérias para este tipo de colega”, referiu Isse.
Para reverter o cenário de roubo de medicamentos nos armazéns e centros de saúde, o ministro diz que o Governo está a implementar reformas, entre as quais, a submissão de uma proposta de lei ao parlamento moçambicano.
“Nós já depositamos a lei do Sistema Nacional de Saúde. É uma lei que congrega os três subsistemas de saúde, o setor público, privado e comunitário”, disse, sublinhando que se trata de uma lei que vai trazer “novidades” e é a maior reforma do setor de saúde no país.
O governante reafirmou ainda a pretensão do Governo moçambicano de implantar uma fábrica de produção de medicamentos e equipamentos médicos ainda neste quinquénio, apesar de reconhecer a lentidão do processo devido aos estudos que devem ser feitos.
“Estamos no bom caminho, só que são processos lentos porque não é fácil investir nessas fábricas, há estudos que estão a ser feitos, embora nós coletamos os dados que mostram que há viabilidade de fazer isto aqui no país”, assegurou.
O ministro acredita que, a ser construída, a fábrica vai beneficiar não só Moçambique, mas também poderão servir para países vizinhos, como Malaui, Zâmbia, bem como a África do Sul e Zimbabué.